Ana Paula Martins referiu, no entanto, que “as acumulações não são ilegais desde que autorizadas”.
Questionada pelos jornalistas sobre se conhecia a acumulação de funções, Ana Paula Martins respondeu que “até os senhores jornalistas conheciam a acumulação de funções, porque está no currículo do doutor Gandra d’Almeida”.
Segundo a ministra, “era muito claro no currículo do doutor Gandra d’Almeida que ele, enquanto médico-cirurgião, durante aquele período em que esteve como diretor regional do Norte do INEM, no Governo anterior”, acumulava funções.
“Era claro e era público”, referiu a governante. “Aquilo que eu e o Governo conhecemos e conhecíamos é exatamente aquilo que está no currículo”.
“Não havia forma de ter conhecimento de qualquer outra coisa para além daquilo que já vos disse”, acrescentou Ana Paula Martins.
“É patente no currículo do doutor Gandra d’Almeida que praticava medicina durante o período em que esteve em funções como diretor do INEM-Norte. Foi isso que eu vi e é isso que o relatório da CReSAP (Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública) diz. As acumulações não são ilegais desde que autorizadas“, referiu.
Em causa está a polémica que levou à demissão de Gandra D’ Almeida, que acumulou, durante mais de dois anos, as funções de diretor do INEM do Norte, com sede no Porto, com as de médico tarefeiro nas urgências de Faro e Portimão e que terá recebido por esses turnos mais de 200 mil euros.