"Penso que é fundamental perceber que quer a Madeira, quer os Açores, no quadro das regiões ultraperiféricas, têm uma dimensão fundamental do ponto de vista geopolítico quer para a Europa, quer para Portugal", afirmou o governante, falando em Ponta Delgada.
Recebido na ilha de São Miguel pelo presidente do executivo açoriano, Vasco Cordeiro (PS), Albuquerque (PSD) abordou a questão do próximo quadro comunitário de apoio e sustentou: "É fundamental para nós que a União Europeia continue a levar em linha de conta – e este futuro quadro de apoio é essencial – os problemas permanentes e estruturais destas regiões".
O presidente do executivo madeirense deu como exemplos “a falta de escala, o distanciamento geográfico, o isolamento, a necessidade" de regiões como os Açores e a Madeira "terem um reconhecimento específico" para os seus problemas, que devem ser enfrentados com fundos estruturais.
Miguel Albuquerque está nos Açores para participar esta tarde na II Cimeira dos Arquipélagos da Macaronésia. O objetivo do encontro é o de aprofundar o relacionamento entre Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde.
A II Cimeira dos Arquipélagos da Macaronésia junta hoje nas Furnas, no concelho da Povoação, os presidentes dos governos regionais dos Açores e da Madeira, Vasco Cordeiro e Miguel Albuquerque, o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, e o conselheiro para a Economia, Indústria, Comércio e Investigação do Governo das Canárias, Pedro Ortega Rodríguez, em representação do presidente, Fernando Clavijo Batlle.
Na I Cimeira da Macaronésia, que decorreu em dezembro de 2010, na ilha de São Vicente, em Cabo Verde, foi politicamente oficializada a criação da região da Macaronésia, que congrega um total de 28 ilhas habitadas e tem "um potencial mercado de cerca de três milhões de habitantes, extensível à Europa e a África".
LUSA