Os resultados da primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior foram divulgados hoje e, passados seis anos, a posição de média mais alta voltou a pertencer a Medicina, desta vez no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto.
Foi o curso mais difícil de entrar, já que o último dos 155 colocados teve 18,90 valores, uma nota abaixo, no entanto, da média registada no ano anterior, que foi de 19,03 valores, segundo os dados divulgados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Surge em segundo lugar a licenciatura em Engenharia Aeroespacial do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, o anterior líder da tabela, onde a nota de entrada do aluno que assegurou a última vaga disponível foi 18,85 valores, também abaixo dos 19,05 valores de 2021.
Pela primeira vez desde 2018, não houve nenhum curso em que a média tenha ficado acima dos 19 valores, mas 27 superaram 18, incluindo todos os cursos de Medicina e outros na área da Saúde, alguns da área das engenharias e Matemática.
Mas se há cursos onde só entram alunos de excelência, no universo de pouco mais de mil ofertas, houve também exceções com negativa. A lista é curta e inclui apenas cinco licenciaturas, menos do que as sete do ano passado.
É o caso de três cursos no Instituto Politécnico de Bragança – Educação social com 9,90 valores, Design de jogos digitais com 9,83 valores e Gestão e Administração Pública com 9,50 valores — o curso de Artes visuais na Universidade da Madeira (9,50 valores) e de Equinicultura no Politécnico de Portalegre (9,50 valores).
Entre os cinco, havia 268 vagas, mas só metade ficaram ocupadas. As restantes seguem para a segunda fase, que começa segunda-feira.
Quase 50 mil alunos entraram agora para o ensino superior no final da primeira fase, em que só 19% dos candidatos é que não obtiveram colocação. Havia 54.641 vagas, das quais sobraram 5.284.
Os resultados estão disponíveis no ‘site’ da Direção-Geral do Ensino Superior: http://www.dges.gov.pt.