“A paz exige uma cultura de paz. A cultura de paz é feita de património material e imaterial. É feita de liberdade, é feita de igualdade, é feita de solidariedade”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, enquanto discursava no arranque dos trabalhos do Bienal de Luanda 2021 – Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz.
E foi em inglês, francês e português que o chefe de Estado fez um apelo aos homólogos presentes e aos representantes da União Africana e das Nações Unidas: “É urgente a paz”.
Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que os caminhos para a paz se constroem ou destroem todos os dias, por isso, é preciso trabalhar diariamente no sentido de alcançar a paz e mantê-la.
A “cultura da paz” no continente africano está, na sua ótica, nas mãos dos jovens.
“África ou é jovem ou não é. África é jovem. África é futuro. São os jovens os principais construtores da paz”, sustentou.
O chefe de Estado também recordou que Portugal tem um passado colonial e de colonização, e, “assumindo todas as responsabilidades inerentes” à herança colonial, afirmou “o companheirismo e a luta conjunta pela construção de uma cultura de paz”.
Por essa razão, e como o “único chefe de Estado de um país europeu” presente em Luanda, enalteceu a importância da realização desta bienal na capital angolana.
O Presidente da República português está entre hoje e domingo na capital angolana, numa deslocação durante a qual irá participar na Bienal de Luanda 2021 e visitar um centro de vacinação.