O Presidente da República recusou hoje antecipar uma solução para a situação política na Madeira, repetindo que há que “esperar para ver” o que acontece, e considerou que “teria sido mais fácil” haver Orçamento Regional aprovado.
“É evidente que teria sido mais fácil para o futuro da região haver o Orçamento aprovado, mas os partidos têm toda a legitimidade, e a Assembleia Legislativa, para aprovar ou para rejeitar o Orçamento. Neste caso, foi logo na generalidade”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, na Associação Portuguesa de Amesterdão.
O chefe de Estado, que chegou hoje aos Países Baixos para uma visita de Estado, escusou-se a responder se haverá ou não novas eleições na Região Autónoma da Madeira, antes da votação da moção de censura apresentada pelo Chega ao Governo chefiado por Miguel Albuquerque, do PSD.
“O que eu sei, já depois de estar aqui, é que o Orçamento foi rejeitado na generalidade e que vai haver a votação da moção de censura. Vamos esperar para ver”, aconselhou.
“Eu agora não admito nada”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa, ressalvando que “os partidos têm o direito a dizer tudo, como é natural”.
O Presidente da República insistiu que não se deve “pôr o carro à frente dos bois” e que “é preciso esperar pela votação da moção de censura”.
“Depois, o senhor Representante da República marcará, ou não, conforme o resultado da votação, a audição dos partidos. E depois contactará comigo, e depois veremos”, completou.
Marcelo Rebelo de Sousa quer saber “exatamente o que é que os partidos dizem ao senhor Representante da República” para a Região Autónoma da Madeira, Ireneu Cabral Barreto.
“Só a seguir a isso é que eu, eventualmente, receberei os partidos”, referiu.