"O SIGIC nunca foi adotado cá, é uma ferramenta que não está a ser usado na Madeira", disse, na comissão de inquérito da Assembleia Legislativa sobre as listas de espera no Sesaram.
O médico foi responsável pelo Programa de Saúde do XII Governo Regional, do qual foi secretário regional durante três meses (de 20 de abril a 3 de agosto de 2015), tendo apresentado a sua demissão na sequência de suspeitas de irregularidades fiscais.
Apesar de considerar ser "errado" comparar as listas de espera nacionais com as regionais por haver critérios diferentes de funcionamento, Manuel Brito reconheceu que o SIGIC, que tentou implementar na região, poderia ter ajudado a reduzir as listas de espera de consultas, cirurgias e de acesso a meios complementares de diagnóstico.
Manuel Brito elencou algumas vantagens do SIGIC, nomeadamente proporcionar números fiáveis das listas de espera e conferir maior transparência aos doentes no controlo aos tempos de espera.
"O SIGIC é estruturante e continuado", disse, acrescentando não ser apoiante de opções "desgarradas", como o vale-cirurgia, e realçando também que aquela ferramenta vigora já há 15 anos no continente, quando outras foram bastante mais efémeras.
Questionado sobre o motivo pelo qual o sistema não foi adotado na região, Manuel Brito respondeu apenas que essa foi uma opção dos secretários regionais que o sucederam.
"São opções legítimas de quem me sucedeu", observou, realçando, contudo, que a garantia de acesso aos cuidados de saúde "é fundamental".
Manuel Brito considerou também que uma maior cooperação entre o Sistema Nacional de Saúde e o Sistema Regional de Saúde poderia contribuir para a solução de alguns problemas nesta área e para um melhor acesso universal aos cuidados de saúde aos utentes na Madeira.
LUSA