Paulo Cafôfo reagiu às declarações de Carlos Pereira dando a oportunidade a uma eleição interna para decidir o próximo candidato ao Governo Regional dos socialistas. O mesmo pede Manuel António, no PSD-M, mas Miguel Albuquerque e a estrutura do partido não deverá ceder a essa pretensão.
Em reação à recém-anunciada corrida interna no PS Madeira, Manuel António disse “esta circunstância, acrescenta ainda mais razões, às muitas já existentes para PSD-M fazer internas”. Justificando que “perante os madeirenses, o PSD-M não pode ser mais opaco e menos democrático e transparente que o PS.”
Para o candidato que já perdeu por duas vezes a corrida à liderança do PSD Madeira, Albuquerque “não tem outra alternativa que não seja demitir-se e acelerar processo de eleições internas”.
Ainda hoje, Manuel António enviou um comunicado às redações a pedir a convocação do conselho regional do PSD Madeira para se pronunciar:
“Após 19 dias do requerimento para a realização de um congresso extraordinário e eleições internas, os órgãos do PSD Madeira continuam a adiar uma decisão simples: convocar o conselho regional para se pronunciar. Os 540 militantes que assinaram este pedido merecem ser ouvidos.
Desde as últimas eleições internas, os militantes têm sido condicionados, enfrentando dificuldades no pagamento de quotas, perseguições e exonerações. Agora, soma-se a manipulação dos órgãos do partido para impedir a realização do congresso. A responsabilidade é clara: o atual presidente, Miguel Albuquerque, que, a todo custo, tenta bloquear a expressão legítima dos militantes.
É inaceitável que a democracia interna do partido seja manipulada desta forma. O PSD Madeira não é de um homem nem de um pequeno grupo, mas sim dos seus militantes. O partido precisa de eleições internas livres, transparentes e democráticas.
Se o ainda presidente do PSD Madeira não tem receio de conhecer a opinião dos militantes, que se demita, permita o processo democrático e possibilite a construção de uma estratégia para as eleições regionais.
O caos político e a instabilidade não são apenas causados pela falta de liderança, mas também pela falta de renovação e abertura ao diálogo. O PSD Madeira precisa de uma regeneração urgente.
Não trocamos projetos estruturais por tachos, cargos ou uma falsa união que não funcionaria. Os projetos, as ideias, os valores e a coerência com que nos distinguimos são opostos aos atuais. Estes merecem ser apresentados aos militantes para que, em plena consciência e liberdade, possam decidir a melhor estratégia para a Madeira, a apresentar aos eleitores nas iminentes eleições regionais.
A Madeira e o PSD merecem mais: respeito democrático, transparência, estabilidade e a resolução urgente dos problemas que enfrentamos”.