Manuel António, militante do PSD Madeira e ex-candidato à liderança do partido, expressou, através de comunicado, o seu descontentamento com a atual liderança de Miguel Albuquerque. António Trindade, apoiante de Manuel António às internas do partido, foi afastado da secretaria do ambiente por Rafaela Fernandes, onde desempenhava o cargo de adjunto da secretária.
Manuel António expressou solidariedade aos visados no que chama de “exonerações inaceitáveis porquanto não lhes são imputadas falhas a deveres profissionais, apenas delitos de opinião” o que considera “inaceitável nos 50 anos do 25 abril.”
“Esta situação viola o respeito por direitos fundamentais dos atingidos, mas também atinge todos os social-democratas porque arrasa uma trave-mestra da Social-Democracia, como seja a liberdade de pensamento e de opinião. Todos os militantes e todo o partido são vítimas em decisões como estas e quem as pratica e consente está a violar o interesse do partido”, escreveu o militante do PSD Madeira.
O social-democrata diz que estas atitudes poem em risco a união e a coesão do partido e culpa os “principais dirigentes do partido” por estes acontecimentos. Diz ainda que esta direcção do parido está a agir de forma irresponsável, pois “estão a enfraquecer o partido perante a sociedade onde irá proximamente a votos.”
“Estas circunstâncias põem em causa o normal funcionamento do partido e, sendo assim, não podemos fazer de conta que não existem estes atropelos e equacionamos quais as reações responsavelmente adequadas, assinalado para já a anormalidade destas e a responsabilidade dos atuais dirigentes nas mesmas”, acrescentou.
Manuel António afastou ainda, de forma taxativa, qualquer hipótese de integrar as listas do partido para as próximas eleições, pois considera evidente “que não poderá haver qualquer disponibilidade para participar em listas de deputados ou outras… face à existência de projetos diferentes para o partido e para sociedade”.