"Os barcos das forças especiais da marinha intercetaram uma traineira com cerca de 650 imigrantes ilegais a bordo", anunciou hoje o comandante da marinha Líbia, Ramzi Najem, citado pela agência de notícias espanhola EFE.
O barco foi rebocado e levado para uma base naval das forças especiais no porto de Benghazi, a segunda maior cidade líbia.
Segundo o comandante, "as forças especiais da marinha foram alertadas para a presença de migrantes ilegais a bordo de uma traineira a noroeste de Benghazi" transportando várias centenas de pessoas, incluindo bengalis, sírios e egípcios.
A EFE recorda que após a queda do regime de Muammar Kadafi , em 2011, a Líbia tornou-se na rota preferida de dezenas de milhares de migrantes da África subsariana, dos países árabes e do sul asiático, que tentam chegar à Europa através da costa italiana.
A grande maioria dos barcos costumava partir da Líbia ocidental, mas recentemente registou-se um aumento das partidas das praias do leste da Líbia, muitas vezes a bordo de grandes arrastões e barcos de pesca.
Segundo a EFE, a grande maioria dos migrantes tenta atravessar o Mediterrâneo arriscando a própria vida e, quando são intercetados, são trazidos de volta à costa líbia e colocados em centros de detenção onde, segundo as ONG, são alvo de maus-tratos.