“O plenário tomou conhecimento da solução que aponta para a manutenção da designada ‘tarifa do desporto’ e congratula-se que assim seja”, pode ler-se no texto das conclusões da reunião semanal do executivo madeirense liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque.
No mesmo documento, o governo insular salienta que, “desde a primeira hora, se opôs à alteração das condições dessa tarifa, no que foi secundado, de forma muito positiva, pelas associações e clubes”.
A TAP anunciou que pretendia implementar um novo modelo de tarifas de desporto para a Madeira e Açores, argumentando que este seria “mais favorável aos clubes, atletas e demais agentes desportivos” que o anterior.
Fonte da transportadora referiu que, “deixando o preço da tarifa de ser fixo e passando a ser disponibilizado em função da disponibilidade de lugares em cada voo, verifica-se que, em 60% dos casos, o preço agora praticado é inferior ao que seria com a tarifa fixa”.
A decisão foi contestada e acabaram por resultar no retrocesso da decisão da TAP que, após uma reunião com a Liga Portuguesa de Futebol Profissional, que aconteceu hoje em Lisboa, foi anunciado que a transportadora “vai manter as tarifas desportivas, alargando-as a todas as competições oficiais”.
“A LPFP e a TAP chegaram a um entendimento e acordaram a manutenção das tarifas desportivas não só para o Futebol Profissional, mas para todo o desporto em geral, desde que em competições oficiais, numa reunião que decorreu esta quinta-feira, em Lisboa”, lê-se no comunicado do organismo.
O governo madeirense considera que esta decisão ainda está “longe de uma solução justa, em que o governo central devia assumir todos os custos das deslocações à competição nacional”, contudo, permite que esteja “mais acautelado o “interesse dos atletas e equipas madeirenses envolvidas em competições desportivas nacionais e internacionais”.
Ainda sublinha que “esta medida, ao viabilizar a presença das representações das ilhas portuguesas, tem o condão de contribuir para provas de dimensão verdadeiramente nacional”.
Contudo, argumenta que “Portugal é muito mais que o espaço confinado ao território continental” e que esta “premissa é válida além do Desporto”.
“Por isso, o Governo Regional aguarda que a revisão ao subsídio de mobilidade venha também a merecer uma solução favorável aos interesses dos madeirenses”, sustenta.
Na reunião semanal, o conselho do executivo insular decidiu também aprovar a cedência de duas parcelas de terreno no Pico do Areeiro ao Ministério da Defesa Nacional, com uma área total de 20 metros quadrados, pelo prazo de 10 anos, com vista à instalação do Observatório Ótico.
O Governo Regional ainda autorizou a criação de uma linha de crédito a juro bonificado, na ordem dos 3 ME, dirigida às agroindústrias da transformação da cana-de-açúcar, visando, durante a campanha de 2019, o pagamento atempado aos agricultores fornecedores desta produção, destinada à produção de rum agrícola e do mel de cana-de-açúcar.
Para apoiar a realização do Rali Vinho Madeira 2019, o executivo do arquipélago deliberou atribuir uma comparticipação financeira de 345 mil euros.
C/LUSA