O secretário regional das Finanças da Madeira disse ontem que a Região aguarda ainda a constituição do grupo de trabalho com os ministérios das Finanças e da Saúde e o Governo Regional para avaliar o financiamento do hospital.
No debate do Estado da Região na Assembleia Legislativa da Madeira, Rui Gonçalves pediu aos deputados do PS, PCP e BE para que aproveitem a deslocação do secretário-geral dos socialistas, António Costa, à ilha da Madeira, na quinta-feira, e ajudem o arquipélago a resolver vários dossiês pendentes com o Governo da República.
"O hospital tem uma norma no Orçamento de Estado que não passou de uma simples promessa que ainda não teve concretização. Ainda estamos à espera da constituição do grupo de trabalho com o Ministério das Finanças, Ministério da Saúde e Governo Regional da Madeira para ver o processo de financiamento, porque, sem financiamento, não conseguimos construir o hospital, nem meio hospital, nem um quarto do hospital", observou.
O secretário regional pediu ainda que PS, PCP e BE para que intercedessem na resolução de outros dossiês, como os 16 milhões em dívida dos subsistemas de saúde que a região reclama ou os 31,4 milhões de euros de dívidas fiscais.
Rui Gonçalves chamou também a atenção para a forma de atuação do Governo da República relativamente aos incêndios da Madeira em agosto de 2016 e aos recentes fogos na região Centro: "Os governos parecem totalmente distintos".
"Para as empresas na Madeira não havia fundos comunitários que chegassem, mas ontem (segunda-feira) o senhor ministro Pedro Marques anunciou que ainda este mês vai pedir à União Europeia uma reprogramação para as empresas", observou.
"Ainda bem que é possível para o continente, mas ninguém me convence de que não era possível para a Madeira", concluiu.
A secretária regional da Inclusão e Assuntos Sociais, Rubina Leal, enumerou também, a propósito dos incêndios que a Madeira enfrentou em agosto de 2016, que o Governo Regional decidiu chamar a si a recuperação ou o lançamento de concursos de fogos habitacionais "mesmo sem o apoio da ‘geringonça’".
LUSA