Charles Michel salientou que “a situação atual é difícil, há uma pressão muito forte no conjunto dos Estados-membros e expectativas muito grande dos cidadãos no sentido de redescobrir a capacidade de viver numa sociedade aberta”, mas advertiu que todos têm consciência de que “as próximas semanas vão continuar a ser difíceis em matéria de vacinação”.
Ainda assim, o presidente do Conselho Europeu considera que há sinais de esperança e otimismo: “Nós temos os meios, temos os recursos e a capacidade para conseguir, nos próximos meses, que a UE desempenhe um papel chave, não só na Europa, mas também no plano internacional”.
Nas conclusões adotadas pelos líderes da UE, os 27 assumem que “a situação epidemiológica continua a ser grave e as novas variantes representam desafios adicionais”, pelo que é necessário “manter restrições rigorosas, intensificando simultaneamente os esforços para acelerar o fornecimento de vacinas”.
“A vacinação já está em marcha em todos os Estados-Membros e, graças à nossa estratégia para as vacinas, todos têm acesso às vacinas. Apesar disso, temos de acelerar urgentemente a autorização, a produção e a distribuição de vacinas, bem como a vacinação. Precisamos também de reforçar a nossa capacidade de vigilância e deteção a fim de identificar as variantes o mais cedo possível, de modo a controlar a sua propagação”, lê-se nas conclusões adotadas.
O Conselho Europeu diz então apoiar “os esforços adicionais por parte da Comissão para trabalhar com a indústria e os Estados-Membros no sentido de aumentar a atual capacidade de produção de vacinas, bem como de adaptar as vacinas às novas variantes, consoante necessário”.
“Apoiamos igualmente os esforços que a Comissão tem vindo a desenvolver no sentido de acelerar a disponibilidade de matérias-primas, facilitar a celebração de acordos entre fabricantes em todas as cadeias de abastecimento, examinar as instalações existentes para ajudar a aumentar a produção na UE e reforçar os esforços em matéria de investigação e desenvolvimento”, acrescentam os líderes.
Os 27 também reafirmam a sua “solidariedade para com os países terceiros” e dizem-se “empenhados em melhorar o acesso dos grupos prioritários a vacinas”, nos países vizinhos e não só.