João Pedro Louro, até agora secretário-geral da JSD, sucede a Alexandre Poço, atualmente deputado e vice-presidente da bancada social-democrata na Assembleia da República e que cumpriu dois mandatos à frente da estrutura jovem dos sociais-democratas.
Segundo a organização do congresso, João Pedro Louro foi eleito 15.º presidente da ‘jota’ com 81% dos votos (337 votos), 16% em branco (66) e 3% nulos (14 votos).
João Pedro Louro, 29 anos, era candidato único à presidência da JSD, cargo que só poderá cumprir durante um mandato de dois anos, uma vez que não se poderá recandidatar depois de atingir a idade-limite de 30 anos para militar nesta estrutura.
No seu discurso na sessão de encerramento do congresso, que decorreu entre sábado e hoje na Praça do Campo Pequeno, o agora presidente dos ‘jotas’ social-democratas afirmou que “qualquer problema da juventude portuguesa importa à JSD”.
“Discursos xenófobos e de incitamento ao ódio, isso importa à JSD, porque acredita na dignidade da pessoa humana, independentemente de qualquer circunstância”, referiu.
João Pedro Louro reiterou a defesa da semana de trabalho de quatro dias, uma das suas principais bandeiras: “A minha geração não quer viver para trabalhar, mas quer trabalhar para viver”, justificou.
“Rejeitamos a ideia de um país dividido” e por isso, sustentou, “a coesão territorial vai mesmo ser uma prioridade, porque é investir na igualdade de oportunidades”.
“Não pode haver um país de primeira e um país de segunda, um país que interessa e um país que é só paisagem”, afirmou o líder da JSD.
O novo presidente disse ainda querer inverter a “triste pirâmide demográfica” e aumentar a representatividade dos jovens nas autarquias, estabelecendo o objetivo de o PSD “ter mais jovens autarcas [nas eleições autárquicas] em 2025”.
Já o líder social-democrata, Luís Montenegro, que discursou na mesma sessão, saudou “de forma muito viva” João Pedro Louro, agradecendo “profundamente o apoio, alegria e energia da JSD nas duas últimas campanhas [legislativas e europeias]”.
Montenegro deixou uma mensagem ao atual secretário-geral, João Pedro Luís, e ao atual presidente da JSD: “Não me esqueci do vosso entusiasmo, espírito de solidariedade e companheirismo, mesmo numa campanha onde individualmente tinham algumas razões para não estarem satisfeitos”.
Ao presidente cessante, Alexandre Poço, manifestou um “profundo reconhecimento pela forma como conduziu os destinos da JSD” nos últimos anos, reconhecendo que os dois “nem sempre” estiveram de acordo e houve “momentos de alguma tensão”.
“Sempre soubemos colocar o interesse das nossas estruturas e do país à frente desses pequenos momentos”, comentou.
No congresso, com o lema “Somos a História do Futuro”, os participantes cantaram os parabéns à JSD, pelo 50.º aniversário.
Estiveram presentes, entre outros, a vice-presidente da Assembleia da República Teresa Morais; a ministra da Juventude e Modernização e antiga líder da JSD, Margarida Balseiro Lopes; a eurodeputada Lídia Pereira, eleita pela Aliança Democrática (AD), ou o líder da Juventude Popular, Francisco Camacho.
Lusa