“A Comissão Política Nacional do JPP, que representa todos os seus militantes, decidiu, por unanimidade, rejeitar a proposta de Orçamento de 2025.
Uma análise cuidada desse Orçamento e das contas mostra infelizmente, que com este caminho de despesismo de Albuquerque, esbanjamento e distribuição de subsídios a torto e a direito, podemos estar à beira de uma nova Bancarrota. E nesse caso, nem três orçamentos, salvarão as contas públicas, e como sempre, serão os madeirenses e o Povo a pagar a fatura.
Com verdade e responsabilidade, temos de fazer esse alerta.
Com este Orçamento, continua a pouca-vergonha do costume, o compadrio, as transferências de dinheiro do Povo para os amigos do partido e para alimentar os monopólios; os milhões de euros em nomeações políticas de arguidos e de clientelas; dinheiro de fundos comunitários para cooperativas de ex-secretários; nem um tostão do Orçamento para a habitação a preços reduzidos, e atenção com a despesa fora de controlo e a dívida a crescer a olhos vistos.
Importa esclarecer o seguinte, e impedir que a mentira de Albuquerque se espalhe: ao contrário do que tem sido dito, nós nunca recusamos reunir para falar sobre este Orçamento. Quem rejeitou sentar-se, com humildade e responsabilidade, à mesa com os representantes do Povo (tal como outros líderes o fizeram, António Costa, Luís Montenegro e José Manuel Bolieiro, nos Açores), foi o próprio Albuquerque. Essa é a verdade.
Albuquerque esteve com medo de enfrentar a verdade, e a realidade, com sentido de Estado e de compromisso, tal como nós sempre tivemos.
Digo-vos, com toda a frontalidade e honestidade, que o cenário sem o orçamento não é o ideal, é óbvio, mas também não é a catástrofe e a desgraça que Albuquerque anda a semear.
Ainda este ano estivemos, por decisão de Albuquerque, quase 8 meses sem Orçamento), e a economia regional continuou a crescer. Depois vieram os retroativos nos salários dos funcionários públicos, nas pensões e até no IRS.
Albuquerque e metade do seu governo (suspeitos de crimes de corrupção) tornou-se um “mestre da chantagem”, lançando o terror sobre as empresas, os funcionários do setor publico e privado, sobre os reformados e as instituições de solidariedade social.
Da boca de quem está agarrado à imunidade a culpa será sempre dos outros.
Os suspeitos de corrupção e de compadrio não estão no JPP e na sua liderança. Estão dentro do Governo e no PSD.
Por isso, perante uma clara e inequívoca falta de confiança, de credibilidade, de rigor e transparência nas contas, pergunto se os madeirenses querem deixar 2.600 milhões de euros nas mãos de Albuquerque e de Rogério Gouveia?
É necessário parar para acertar o passo. E parar não significa que a vida social, económica e cultural vai estagnar.
Urge fazer uma verdadeira limpeza de toda esta situação, e trazer uma nova esperança. Com medidas para reduzir o custo de vida, para baixar o preço da luz e do gás, dos bens de supermercado, colocar um Ferry para passageiros e mercadorias, um subsídio de insularidade para todos os trabalhadores do público e do privado, mais habitação para jovens e classe média e um reforço do complemento de reforma.
Esta é a nossa decisão; para acautelarmos, com a responsabilidade e com verdade, e em bom rigor as contas públicas.”