Em vez de ser indigitado diretamente pelo Rei, o primeiro-ministro escocês é primeiro escolhido pela assembleia regional autónoma da Escócia por maioria simples de votos.
Swinney obteve mais votos do que os outros três candidatos juntos, o que era esperado tendo em conta a aritmética parlamentar, pois o SNP ocupa 63 dos 128 lugares na assembleia de Holyrood (parlamento regional escocês).
A vitória foi garantida pela abstenção dos sete deputados regionais do partido Os Verdes.
Os outros candidatos foram os líderes dos restantes partidos políticos escoceses: Alex Cole-Hamilton, dos Liberais Democratas, Douglas Ross, do Partido Conservador, e Anas Sarwar, do Partido Trabalhista.
A presidente da assembleia, Alison Johnstone, vai agora recomendar ao Rei Carlos III que o vencedor seja indigitado chefe de governo da Escócia, o que deverá acontecer na quarta-feira.
O protocolo foi desencadeado depois de Humza Yousaf ter formalizado a demissão do cargo de primeiro-ministro hoje de manhã.
Num discurso após a votação, Swinney agradeceu o apoio da mulher Elizabeth, que sofre de esclerose múltipla.
“Pelos sacrifícios que ela está disposta a fazer para permitir que o seu marido sirva o nosso país da melhor forma possível”, declarou.
Reconhecendo que vai liderar um governo minoritário, mostrou estar disposto a negociar com os partidos da oposição, mesmo que sejam contra a independência da região, para aprovar legislação e o orçamento.
“Será que o nosso desacordo sobre a Constituição nos impede de trabalhar em colaboração, no âmbito dos atuais poderes do parlamento, para erradicar a pobreza infantil, desenvolver a economia, criar emprego, enfrentar a crise do custo de vida, melhorar o serviço de saúde e enfrentar a crise climática? Darei toda a minha energia e a minha disponibilidade para dialogar e ouvir, para garantir que não seja esse o caso. Convido outros a fazerem o mesmo”, disse.
John Swinney foi vice-primeiro-ministro de Nicola Sturgeon de 2014 a 2023, tendo abandonado o cargo quando a demissão da então primeira-ministra escocesa surpreendeu.
Anteriormente, liderou o SNP entre 2000 e 2004, altura em que o partido estava na oposição.
O governo escocês é responsável por políticas em setores como a saúde e a educação, mas a política externa e a defesa são da competência do Governo britânico com sede em Londres.
Lusa