“Apoiamos os esforços para um cessar-fogo, desde que, em primeiro lugar, os direitos do povo libanês sejam respeitados e que seja aceite pela resistência”, disse Abbas Aragchi, referindo-se ao Hezbollah.
“Em segundo lugar, deve ocorrer em simultâneo com um cessar-fogo em Gaza”, acrescentou, segundo a agência francesa AFP.
Aragchi disse ter falado com as autoridades libanesas sobre o cessar-fogo e que o Irão estava “em contacto com outros países para estabelecer um cessar-fogo”.
Aragchi reuniu-se com vários dirigentes libaneses, incluindo o primeiro-ministro, Najib Mikati, a quem disse ter reafirmado o apoio do Irão ao Líbano, uma semana após a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, num ataque israelita.
“A República Islâmica do Irão sempre apoiou o Líbano e tem sido e continua a ser um apoiante dos xiitas libaneses e do Hezbollah”, disse.
“Estamos certos de que os crimes do regime sionista serão derrotados como no passado e que a nação libanesa vencerá”, afirmou, segundo a agência oficial iraniana Irna.
O chefe da diplomacia de Teerão disse que o Irão não quer continuar o conflito, mas responderá a qualquer ataque israelita.
“Se Israel empreender qualquer outra ação contra o Irão, a nossa ação será mais dura do que isso e responderemos definitivamente. A nossa resposta é proporcional e totalmente calculada”, afirmou.
Disse também que “ao contrário de Israel, que ataca alvos civis e casas de pessoas, mulheres e crianças”, o Irão só atacou “as bases militares e de segurança do regime israelita”.
Mais de 1.100 pessoas foram mortas desde 23 de setembro, data em que os ataques israelitas ao Líbano começaram a intensificar-se, segundo a AFP.
Os bombardeamentos visam sobretudo a milícia libanesa do Hezbollah, que tem atacado o norte de Israel em apoio ao grupo extremista palestiniano Hamas.
O Hamas enfrenta uma ofensiva na Faixa de Gaza em resposta ao ataque que realizou no sul de Israel em 07 de outubro, em que morreram cerca de 1.200 pessoas, segundo as autoridades israelitas.
A ofensiva israelita na Faixa de Gaza matou mais de 41.800 pessoas, segundo um balanço atualizado pelas autoridades do território governado pelo Hamas desde 2007.
Lusa