O Ministério da Defesa do Reino Unido tem vindo a publicar atualizações de informação desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, na quinta-feira.
"As forças ucranianas enfrentaram restos de forças irregulares russas dentro da cidade de Kiev pela segunda noite consecutiva, os combates têm sido de menor intensidade do que na noite anterior", disse o Ministério da Defesa britânico, citado pela agência norte-americana AP.
Segundo a mesma avaliação, "trocas intensas de artilharia de foguetes durante a noite foram seguidas por fortes combates entre forças russas e ucranianas em Kharkiv".
No quarto dia da guerra na Ucrânia, as autoridades ucranianas deram conta de combates de rua na antiga capital Kharkiv, situada no norte do país, a cerca de 20 quilómetros da fronteira com a Rússia.
"Os veículos inimigos estão a circular pela cidade", informaram as autoridades ucranianas.
Vídeos divulgados nos meios de comunicação social e redes sociais ucranianas mostraram veículos russos a atravessar Kharkiv e tropas russas a percorrer a cidade em pequenos grupos.
Um vídeo mostrou soldados ucranianos a inspecionar veículos utilitários ligeiros russos danificados por bombardeamentos e abandonados pelas tropas russas numa rua.
O Ministério da Defesa britânico disse também que "após "terem encontrado uma forte resistência em Chernihiv", uma cidade no norte da Ucrânia, "as forças russas estão a contornar a área para darem prioridade ao cerco e isolamento de Kiev".
O ministério acrescentou que as forças russas "continuam a avançar para a Ucrânia a partir de múltiplos eixos", mas estão a encontrar uma "forte resistência por parte das forças armadas ucranianas".
As autoridades ucranianas disseram que o ataque russo provocou cerca de 200 mortos, incluindo civis, desde que o início da invasão.
A Rússia não divulgou dados sobre as suas baixas.
O ataque russo também já provocou cerca de 368.000 refugiados que fugiram dos combates para os países vizinhos, disse a ONU.
Este número "baseia-se nos dados fornecidos pelas autoridades nacionais", disse o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) na rede social Twitter.