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Ilha do Porto Santo vai dispor a partir de maio de serviço de telemedicina

A presidente do Conselho de Administração do Serviço de Saúde da Madeira (SESARAM) revelou hoje que a ilha do Porto Santo vai dispor a partir de maio do serviço de telemedicina, de cuidados paliativos e o reforço da hemodiálise. Tomásia Alves fez esta revelação na Comissão Especializada Permanente de Saúde e Assuntos Sociais da Assembleia Legislativa da Madeira durante a audição requerida pelo PCP sobre a "Situação da saúde e setores dependentes na ilha do Porto Santo".

A presidente do SESARAM considerou que o Centro de Saúde do Porto Santo, para a população residente (cerca de 5.500 habitantes) "responde" às necessidades, salientando que o mesmo é reforçado mensalmente com 12 especialidades, num total de 1960 consultas de especialidade, representando 189.000/ano por parte do Governo Regional.

"A Unidade de Cuidados Paliativos, em maio, será uma realidade", disse a responsável pelo SESARAM, adiantando estarem já disponíveis três camas.

Tomásia Alves revelou ainda que "hoje realizou-se a primeira experiência de telemedicina" entre o Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, e o Centro de Saúde do Porto Santo, serviço que será lançado igualmente em maio.

A dirigente do SESARAM sublinhou ainda que a capacidade instalada de postos de hemodiálise na segunda ilha habitada do arquipélago da Madeira, a cerca de 40 quilómetros do Funchal, será aumentada de quatro para oito a dez postos.

No que diz respeito à crítica de falta de medicamentos, Tomásia Alves negou essa situação.

"O Porto Santo é aquele local onde temos cuidados redobrados, não há falta de medicamentos no Porto Santo", realçou.

Na audição seguinte, requerida pelo BE sobre o Departamento de Saúde Mental do Serviço de Saúde, o psiquiatra Ricardo Alves salientou que aquele Departamento já tinha sido extinto há uns tempos e que, no seu lugar, o que existe é o Serviço de Psiquiatria que engloba a Unidade de Tratamento da Toxicodependência, de que é responsável.

Este médico revelou que na próxima semana entrega ao secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, o Plano de Saúde Mental para a Região Autónoma da Madeira "quer a nível de cuidados hospitalares, quer ao nível de cuidados comunitários".

Segundo este especialista, o Plano aposta na descentralização, na fixação de seis a oito psiquiatras na Região e na criação de seus núcleos da especialidade, dois no Funchal e um em cada um destes concelhos – Câmara de Lobos, Ribeira Brava, Machico e Porto Santo.

Ricardo Alves, assim como Tomásia Alves, manifestaram a esperança que, em janeiro, a situação de falta de psiquiatras na Região (dois no Serviço Regional de Saúde) esteja ultrapassada com a entrada em vigor do novo Plano de Saúde Mental.

c/ LUSA