Em declarações à imprensa após uma reunião dos chefes de diplomacia da NATO, e antes de participar num novo Conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, ambos na capital belga, Santos Silva disse que se verificou hoje uma “condenação liminar por parte de todos os aliados e da Aliança da agressão militar em curso da Rússia contra a Ucrânia e, em particular, a condenação do facto de a Rússia não estar a respeitar as regras da guerra, que é uma atividade humana que também está sujeita a regras”.
O ministro afirmou que a Aliança Atlântica deplora designadamente a forma “como as autoridades russas estão a conduzir ataques indiscriminados contra civis, contra instalações civis e também instalações que, pela sua natureza, se atacadas e atingidas, podem provocar insegurança a nível absolutamente alarmante”.
Augusto Santos Silva referia-se ao bombardeamento durante a última madrugada da central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, que considerou “evidentemente condenável a todos os títulos”.
O ministro apontou, de resto, que Portugal está entre os 29 países que solicitaram ao procurador do Tribunal Penal Internacional que sejam investigados “indícios bastante fortes de crimes de guerra”, e outros sob a sua alçada, que “parecem estar em curso” durante a ofensiva militar russa na Ucrânia.