Este anúncio foi feito por Fernando Alexandre nas jornadas parlamentares conjuntas do PSD e CDS-PP, que terminaram hoje, num painel intitulado “Portugal a Funcionar”, no qual também participaram o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, e o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte.
O governante afirmou que já está contratado um estudo, a elaborar pela Universidade Nova de Lisboa (UNL), “para avaliar todo o sistema de ação social, porque é uma manta de retalhos”.
O executivo quer “avaliar integralmente todo o sistema de ação social” para ter, no próximo ano letivo, “um novo sistema de ação social que garanta efetivamente a igualdade de oportunidades e que ninguém é excluído do Ensino Superior por razoes económicas”.
“É frustrar as expectativas dos estudantes, famílias e é uma perda para o país quando alguém que podia continuar a melhorar as suas qualificações fica excluído do acesso ao Ensino Superior”, considerou.
Fernando Alexandre referiu ainda que outra das dimensões que permite o acesso ao Ensino Superior é o alojamento estudantil, para o qual pediu uma visão “mais abrangente”.
Segundo o ministro, as residências universitárias têm que ser não apenas uma infraestrutura que permita o acesso para estudantes com dificuldades económicas, mas também “um instrumento essencial de integração dos alunos deslocados, que quando mudam de cidade têm que ser integrados numa comunidade e não podem ser colocados num quarto sozinhos, onde muitas vezes têm problemas não só de integração mas também de saúde mental”.
O titular da Educação anunciou que “muito em breve” o Conselho de Ministros irá aprovar “o Conselho Nacional de Inovação Pedagógica para o Ensino Superior” que vai “olhar para estas dimensões da inovação pedagógica”.
“Se eu não der aulas interessantes vai ser difícil motivar os estudantes e, por isso, mais facilmente eles ficam desincentivados, não conseguem a aprovação, depois entram num ciclo negativo de perda e muitas vezes problemas de saúde mental. E, por isso, nós temos que olhar para a inovação pedagógica, para o abandono e para o sucesso e para a saúde mental de uma forma integrada e não espartilhada, que é como ela tem sido tratada”, sustentou.
Lusa