“Estamos cientes do potencial que este espaço da reserva natural das Selvagens representa, a importância dos recursos naturais existentes no mar, bem como da necessidade de preservação do seu património natural extremamente rico e diversificado”, afirmou.
A governante falava no encerramento da conferência “Ilhas Selvagens – Um catalisador para a Economia Azul Sustentável nacional”, que decorreu no Funchal, integrada nas comemorações dos 50 anos da criação daquela reserva, um subarquipélago localizado a cerca de 300 quilómetros a sul da Madeira.
Em março de 2022, as Selvagens passaram a ser a maior Área Marinha Protegida do Atlântico Norte, depois de o executivo madeirense (PSD/CDS-PP) ter decretado o seu alargamento, cobrindo agora 2.677 quilómetros quadrados numa área de 12 milhas náuticas em redor das ilhas, onde todas as espécies existentes estão totalmente protegidas de atividades extrativas, tais como a pesca ou a exploração de materiais inertes.
“Queremos replicar essa experiência para outras áreas marinhas nacionais”, declarou Helena Carreiras, realçando que a pretensão está “em linha com os objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas”.
A ministra da Defesa Nacional indicou vários dados referentes a investimentos e atividades naquela reserva e deixou claro que “o Estado está já consideravelmente presente nas Selvagens”, com a presença permanente desde 2017 de dois agentes da Polícia Marítima e um da Autoridade Marítima.
“A relação intrínseca entre a Defesa Nacional e a Região Autónoma da Madeira sobressai de forma ainda mais evidente quando considerado o espaço geográfico hoje aqui em debate, nomeadamente os 2.677 quilómetros quadrados que compõem a maior Aérea Marinha Protegida da Europa e de todo o Atlântico Norte”, disse.
Helena Carreiras, que se desloca às ilhas Selvagens na sexta-feira, sublinhou que o seu ministério “é e continuará a ser um parceiro imprescindível das regiões autónomas”, proporcionando um “contributo muito importante para a sua segurança e desenvolvimento” em articulação com os órgãos regionais.
“Com efeito, a sua natureza arquipelágica exige-nos uma presença distinta, mas não menos relevante, através de um apoio ainda mais próximo às populações e de um exercício ainda mais regular de soberania”, disse, reforçando: “Esse exercício revela-se constante e necessário, mas também adaptável face à evolução de desafios e ameaças que coloquem em causa tais missões”.