O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, afirmou ontem na Ribeira Brava, que não há populações na região autónoma a viver em "situações de risco extremo" face a eventuais catástrofes naturais.
"Há zonas que são mais vulneráveis e outras menos vulneráveis", disse o chefe do executivo, vincando que as autoridades tentam, quer em termos pedagógicos e quer de licenciamento de obras, garantir o "mínimo de risco" para as populações.
Miguel Albuquerque falava aos jornalistas após uma visita às obras de canalização e construção de muralhas na ribeira da Tabua, freguesia do concelho da Ribeira Brava, numa zona que foi bastante afetada pelo temporal de 20 de fevereiro de 2010.
"O investimento foi de 1,2 milhões de euros e, neste momento, temos a grata satisfação de constatar que estão garantidos os padrões essenciais de segurança em termos de habitações e circulação de pessoas", afirmou Miguel Albuquerque.
Os trabalhos incidiram numa área da zona alta da freguesia – o sítio da Terça – onde vivem cerca de 100 pessoas, e foram financiados pela Lei de Meios, o mecanismo financeiro criado pelo Estado para apoiar a reconstrução da ilha após o temporal que provocou 43 mortos, seis desaparecidos e prejuízos materiais superiores a mil milhões de euros.
A obra ficou concluída sete anos após a catástrofe, numa localidade onde, apesar dos melhoramentos, há ainda várias habitações expostas ao risco de derrocada e enxurrada.
LUSA