Numa resposta enviada à agência Lusa, o Ministério da Administração Interna (MAI) refere que, “apesar de a primeira resposta aos eventos deste tipo, com incidência local, ser uma competência dos municípios, tal como vem definido na Lei de Bases da Proteção Civil, a monitorização próxima da situação permitirá ao Governo adotar os mecanismos de apoio que se revelem necessários”.
O MAI avança também que “conforme decorreu da reunião extraordinária entre o Governo e os autarcas no passado dia 09 de dezembro, estes deverão efetuar o levantamento de todos os danos e prejuízos verificados, incluindo os que resultaram da situação vivida nas últimas horas, e reportá-los até ao dia 15 de janeiro de 2023”.
O Governo está também “a acompanhar a situação operacional de perto”, através da ligação permanente entre o Ministério da Administração Interna, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e as autarquias, precisa o MAI, dando conta que a secretária de Estado da Proteção Civil participou nos ‘briefings’ do Centro de Coordenação Operacional Nacional que se realizaram hoje e no passado dia 08.
O MAI indica igualmente que o ministro José Luís Carneiro esteve em contacto com os responsáveis municipais.
“Esta articulação e este acompanhamento vão manter-se, por forma a adequar todas as eventuais decisões de âmbito político às necessidades identificadas no terreno”.
A chuva intensa e persistente que caiu de madrugada causou hoje centenas de ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas em vários distritos, nomeadamente Lisboa, Setúbal, Santarém, Évora e Portalegre, onde há registo de vários desalojados.
Na zona de Lisboa a intempérie causou condicionamentos de trânsito nos acessos à cidade, que levaram as autoridades a apelar às pessoas para permanecerem em casa quando possível e para restringirem ao máximo as deslocações.
O último balanço feito pela Proteção Civil dá conta de 82 desalojados devido ao mau tempo nos distritos de Lisboa, Setúbal, Santarém e Castelo Branco,
A ANEPC indica também que há mais 17 pessoas que terão de ser retiradas, por precaução, das suas casas, na Trafaria, concelho de Almada.
Segundo o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, prevê-se para Portugal continental um novo agravamento do estado do tempo na quarta-feira, entre as 09:00 e as 18:00, em que a chuva poderá ser "persistente e pontualmente forte”.
Lusa