O Funchal é o único concelho português em risco extremo com uma incidência cumulativa a 14 dias acima dos 960 casos de infeção por 100 mil habitantes, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde.
O boletim alerta, contudo, que os dados referentes à região Autónoma da Madeira devem ser interpretados atendendo ao atraso entre o diagnóstico e a notificação verificado no período em análise, entre 24 de fevereiro e 09 de março.
O risco extremo de infeção verifica-se quando um concelho tem uma incidência cumulativa a 14 dias acima dos 960 casos de infeção por 100 mil habitantes.
De acordo com a DGS e atendendo a esta ressalva o Funchal registou uma incidência cumulativa de 1.118 casos.
Em risco muito elevado, ou seja, com uma incidência de entre 480 e 959,9 casos por 100 mil habitantes, estão os concelhos madeirenses de Câmara de Lobos (564), Santa Cruz (576), Ponta do Sol (640) e ainda o concelho alentejano de Serpa (517).
Na última análise Portugal tinha oito concelhos em risco muito elevado de infeção com o coronavírus SARS-CoV-2 e nenhum em risco extremo.
Na nota explicativa dos dados por concelhos é referido que a incidência cumulativa "corresponde ao quociente entre o número de novos casos confirmados nos 14 dias anteriores ao momento de análise e a população residente estimada”.
O boletim de hoje revela ainda que 34 dos 308 concelhos portugueses tiveram zero casos de infeção neste período: Alfandega da Fé, Alvito, Lajes da Flores, Horta, Mação, Redondo, Ribeira de Pena, Sabugal, Santa Cruz da Graciosa, Santa Cruz das Flores, Calheta (Açores), Marvão, Mesão Frio, Mirando do Douro, Monchique, Mora, Nisa, Nordeste, Sousel, Terras de Bouro, Castro Verde, Chamusca, Corvo, Crato, Freixo de Espada à Cinta, Fronteira, Pedrógão Grande, Penalva do Castelo, Penedono, Velas, Vila do Porto, Vila Franca do Campo, Vila Nova de Paiva e Vila Velha de Ródão.