Fullbrook, que liderou a campanha de Truss para ganhar as eleições primárias do partido Conservador e também assessorou os anteriores chefes de Estado britânicos Boris Johnson e John Major, fez parte das buscas sobre uma alegada "conspiração para subverter a democracia" na ilha caribenha administrada pelos Estados Unidos, indicou o jornal britânico.
Em abril, o FBI contactou a Agência Nacional do Crime (NCA) britânica e a Polícia Metropolitana de Londres para levar a cabo um interrogatório formal a Fullbrook, que participou de forma voluntária.
Após ser "forçado a entregar centenas de e-mails confidenciais", o chefe de gabinete de Truss, que assumiu o cargo de primeiro-ministro há menos de duas semanas, "assinou um acordo com o FBI e está colaborar como testemunha" na investigação.
As buscas centram-se num alegado suborno por parte do venezuelano Julio Herrera Velutini, banqueiro internacional e patrocinador do Partido Conservador Britânico.
Velutini, de 50 anos, alegadamente prometeu à governadora de Porto Rico, Wanda Vázquez, 300 mil dólares (cerca de 299.500 euros) para a sua campanha de 2020 sob a condição de que despedisse o responsável pela regulação financeira da ilha, explica o "The Times".
O venezuelano, que possui também passaporte italiano, não detém o estatuto necessário para fazer doações políticas para campanhas norte-americanas, mas entregou fundos à firma CT Group, fundada pelo estratega político Lynton Crosby, envolvido em várias campanhas no Reino Unido, para atuar como intermediário.
Segundo o diário britânico, Fullbrook, na altura chefe de projetos globais da empresa, deteve o controlo dessas operações, situação que o levou a ser implicado nas investigações.