Agentes federais norte-americanos chegaram à casa de Bolton em Bethesda, Maryland, por volta das 07:30 (12:30 em Lisboa).
Fontes ligadas à operação confirmaram ao canal Fox News que a busca estava relacionada com a possível posse de documentos confidenciais alegadamente na posse de Bolton, que estava em casa durante a busca.
As mesmas fontes esclareceram que Bolton, que foi conselheiro de segurança nacional de Trump entre 2018 e 2019, não está sob custódia ou detido.
Bolton tem sido um crítico acérrimo do Presidente norte-americano, Donald Trump, e escreveu um livro, cuja publicação a Casa Branca tentou, sem êxito, impedir, argumentando que este revelava informações de Segurança Nacional.
No início de 2025, Bolton revelou que Trump o tinha retirado da proteção dos Serviços Secretos destinado a altos funcionários.
Bolton diz que foi alvo de um plano de assassinato do Irão entre 2021 e 2022.
Teerão queria, alegadamente, vingar a morte do general Qassem Soleimani, morto a 03 de janeiro de 2020 num ataque com drones no Iraque ordenado por Donald Trump quando ocupou pela primeira vez a Casa Branca (2017-2021).
De acordo com Bolton, o Presidente democrata Joe Biden (2021-2025) prolongou a sua medida de proteção dos Serviços Secretos em janeiro de 2021, mas Donald Trump retirou-a e cortou todo o seu acesso a dados de segurança e de inteligência.
Um decreto presidencial acusa-o de ter revelado “informações confidenciais do seu tempo no governo” na Casa Branca, de 2018 a 2019.
John Bolton, de 76 anos, manifestou-se à data “desapontado, mas não surpreendido” com a decisão de Trump, recordando na rede social X que a justiça, sob a administração de Joe Biden, indiciou em agosto de 2022 um iraniano foragido, suspeito de pertencer à Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica, e de ter patrocinado um plano de assassinato por “tentar recrutar um assassino para o matar.”
O antigo membro da administração deixou duras críticas à postura de Trump em relação à guerra na Ucrânia, considerando as caracterizações do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e de Kiev por parte do republicano “algumas das mais vergonhosas já feitas por um Presidente norte-americano”.
Lusa