De acordo com um comunicado da Casa Branca, Biden, que estava acompanhado pela sua vice-presidente, Kamala Harris, durante a chamada com Zelensky, reiterou o apoio dos Estados Unidos da América (EUA) à defesa da Ucrânia contra a invasão russa pelo "tempo que for necessário".
A assistência dos EUA inclui sistemas de foguetes de artilharia de alta mobilidade (HIMARS), que têm longo alcance, assim como armamento, munições e veículos blindados.
O Presidente norte-americano também afirmou que o seu país está disposto a impor "custos severos" a qualquer indivíduo, entidade ou país que apoie os esforços da Rússia para anexar o território ucraniano.
Por outro lado, Biden comemorou o "sucesso" do acordo que permitiu a exportação "segura" de cereais ucranianos para os mercados internacionais e afirmou que é necessário que isso continue.
Antes do início da invasão russa da Ucrânia em fevereiro deste ano, os EUA já prestavam assistência militar a Kiev e treino às suas forças armadas, mas essa ajuda foi redobrada após o conflito atual.
A Rússia concluiu na terça-feira os procedimentos parlamentares para a incorporação de quatro territórios parcialmente ocupados no leste e sul da Ucrânia, ação que levou Kiev a fechar as portas a qualquer diálogo de paz com o Presidente russo, Vladimir Putin, considerando a anexação nula.
Os tratados de incorporação das regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia receberam hoje a aprovação do Senado russo, onde obtiveram o apoio de todos os membros da Câmara Alta do Parlamento.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.114 civis mortos e 9.132 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.