O cabeça de lista do BE pelo círculo da Madeira às eleições legislativas nacionais, Ernesto Ferraz, garantiu hoje que o arquipélago merecerá um "olhar atento e permanente", sobretudo no que concerne à continuidade territorial, que "não se efetiva na prática".
"Defendemos sempre os mesmos princípios, queremos evolução social, queremos evolução territorial, queremos serviços públicos e para isso precisamos de investimento público, e isso é o nosso caminho, as nossas tarefas, o nosso trabalho", disse Ernesto Ferraz, após a entrega das listas no Tribunal da Comarca da Madeira, no Funchal.
O candidato acusou os atuais deputados do PSD e do PS eleitos pela região na Assembleia da República de dizerem com frequência "uma coisa na Madeira" e o "seu contrário" em Lisboa.
"Agora, em campanhas eleitorais, ouvimos muitas promessas, sempre foi assim. A verdade é que, depois de eleitos, e, sobretudo, quem governa, depois das eleições faz tábua rasa, arranja outros meandros para desenvolver a conversa e o debate político e esquece muitas das necessidades do país", afirmou.
O cabeça de lista do Bloco de Esquerda, que é deputado na Assembleia da República desde abril de 2018, na sequência da renúncia de Paulino Ascensão, adverte, no entanto, que não defenderá apenas a Madeira.
"Uma vez eleitos somos deputados de Portugal, temos dossiês de todo o país, mas, obviamente, que a Madeira, sendo a nossa terra e onde fomos eleitos, terá sempre um olhar mais atento e permanente", salientou, reforçando que os "grandes assuntos" relacionados com o arquipélago prendem-se com a continuidade territorial.
"É um princípio constitucional que não se efetiva na prática", declarando, acusando o executivo nacional, liderado pelo socialista António Costa, e Governo Regional, presidido por Miguel Albuquerque (PSD), de passarem o tempo no "jogo do empurra".
Ernesto Ferraz indicou, por outro lado, que a lista do BE pelo círculo da Madeira às eleições legislativas de 06 de outubro é paritária e a média de idade dos candidatos é de 45 anos.
"São adultos que sabem ao que vão, sabem olhar para a Madeira, sabem olhar para o país, sabem ver o estado da situação e, sobretudo, sabem ver para onde queremos que o país se direcione", acrescentou.
C/ LUSA