“Eles estão a negociar para obter a libertação dos reféns”, declarou esta fonte, citada pela agência de notícias francesa AFP, confirmando uma informação da estação de televisão privada Habertürk.
Tradicionalmente próximo do Qatar, Erdogan manteve hoje conversações com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, e com o presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune, informou a agência oficial Anadolu.
Em nome da Turquia, "estamos prontos para fazer tudo o que estiver no nosso poder", incluindo conduzir "uma mediação" e uma "arbitragem justa", para afastar rapidamente o cenário de conflito na região, declarou o chefe de Estado turco, citado pela Anadolu.
Apesar de uma aproximação iniciada há vários meses com Israel, Erdodan acusou hoje este país de "não se comportar como um Estado" na Faixa de Gaza, onde o exército israelita vem lançando numerosos ataques e ameaça com uma operação terrestre.
Segundo o Governo israelita, quase 150 pessoas foram sequestradas em Israel pelo Hamas, que ameaçou na segunda-feira executar reféns como retaliação ao número crescente de ataques israelitas à Faixa de Gaza.
O Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, lançou a 07 de outubro um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de ‘rockets’ e a incursão de rebeldes armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas naquele território palestiniano, numa operação que batizou como “Espadas de Ferro”.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que o seu país está “em guerra” com o Hamas que, recordou, foi internacionalmente classificado como movimento terrorista não só por Israel como pelos Estados Unidos e a União Europeia (UE), além de outros Estados.
Israel, que impôs um cerco total à Faixa de Gaza e cortou o abastecimento de água, combustível e eletricidade, confirmou até agora mais de 1.200 mortos e 3.700 feridos desde o início da ofensiva do Hamas, apoiada pelo Hezbollah libanês e pelo ramo palestiniano da Jihad Islâmica.
Do lado palestiniano, o Ministério da Saúde local confirmou hoje que, em Gaza, os ataques da retaliação israelita provocaram pelo menos 1.100 mortes e 5.339 feridos.
Lusa