Apesar do número de pessoas que sofreram efeitos secundários desta vacina contra a covid-19 no nosso País ser residual, o processo de vacinação vai sofrer um atraso de duas semanas devido à suspensão temporária da administração da vacina da AstraZeneca, reconheceu hoje o coordenador da ‘task force’ do plano de vacinação.
“O processo de vacinação fica ligeiramente atrasado, porque saiu da panóplia de vacinas que estávamos a usar uma quantidade substantiva de vacinas que era a da AstraZeneca. Portanto, o processo vai adiar cerca de duas semanas”, disse o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, sem deixar de apontar a conclusão da primeira fase para o próximo mês: “O prazo era meados de abril, nunca dissemos exatamente em que semana de abril”.
Relativamente à população a que estavam destinadas as doses da vacina desenvolvida pela farmacêutica anglo-sueca e pela Universidade de Oxford, Henrique Gouveia e Melo referiu que os professores eram um dos grupos previstos para este fim de semana e que esse processo será adiado, mas assegurou que os utentes com mais de 50 anos com comorbilidades não deixarão de ser vacinados com as doses disponíveis das outras vacinas autorizadas.
Na Madeira, até à data, foram vacinadas 3.543 pessoas com AstraZeneca (das 35 mil vacinas) e não foram reportados efeitos adversos graves.
Mas, mesmo assim, a vacinação programada para os próximos dias úteis, no Madeira Tecnopolo, com a vacina AstraZeneca, está cancelada.