"O convite que o Brasil dirigiu a Portugal para participar no G20 honra-nos profundamente", começou por escrever o chefe de Governo demissionário na sua conta oficial na rede social X (antigo Twitter).
António Costa considerou que o convite do Brasil "é, antes de mais, um sinal da excelência das relações entre os dois países".
"Mas é também uma grande responsabilidade, que assumiremos com o máximo empenho ao longo do próximo ano", garantiu.
O Governo brasileiro anunciou na sexta-feira que convidou Portugal e Angola para países observadores do G20 durante a presidência do país no grupo.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil recordou que "historicamente, as presidências do G20 convidam países não-membros do agrupamento e organizações internacionais para participar nas reuniões do seu calendário de eventos".
Além de Portugal e Angola, a presidência brasileira convidou também o Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega e Singapura.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) já tinha comentado o convite no mesmo dia, afirmando que Portugal "aceitou com satisfação o convite do Brasil para participar no G20, traduzindo-se num acompanhamento em permanência dos trabalhos do grupo das vinte maiores economias a nível mundial".
Durante a presidência brasileira do G20, que se prolonga até 30 de novembro de 2024, Portugal, juntamente com os restantes países convidados, participará "plenamente nos trabalhos desta importante plataforma internacional de diálogo e coordenação político-económica", adiantou o executivo português.
"Portugal revê-se nas prioridades apontadas pela presidência do G20, designadamente no que toca à inclusão social e à luta contra as desigualdades, a fome e a pobreza; o combate às alterações climáticas e o desenvolvimento sustentável; bem como a reforma das instituições internacionais", referiu igualmente a nota do MNE.
O Governo português acredita ainda que, através da sua participação ativa no G20, irá contribuir para uma bem-sucedida presidência brasileira, a qual refletirá o empenho no multilateralismo e na cooperação internacional como ferramentas essenciais para enfrentar os crescentes desafios globais".