Os dois líderes concordaram com a “importância vital de uma colaboração mais estreita entre parceiros que partilham as mesmas ideias num contexto mundial cada vez mais volátil”, segundo um comunicado conjunto.
Este foi o primeiro encontro entre os dois desde que o ex-primeiro-ministro português assumiu as atuais funções, no início deste mês.
Costa aproveitou para convidar Starmer para participar numa sessão da reunião informal dos líderes da UE em Bruxelas, em 03 de fevereiro, o qual o líder trabalhista britânico “aceitou com agrado” perante a perspetiva de falar “sobre o reforço da cooperação estratégica com a UE, nomeadamente no domínio da defesa”.
Os dois políticos reafirmaram o empenho no cumprimento dos Acordo de Saída do Reino Unido da UE, incluindo o Acordo-Quadro de Windsor, e do Acordo de Comércio e Cooperação, mas também manifestaram o desejo de “realizar novos progressos em domínios fundamentais, a fim de proporcionar benefícios tangíveis para os cidadãos do Reino Unido e da UE”.
Nesse sentido, afirmaram esperar que a primeira cimeira UE-Reino Unido, prevista para o início de 2025, seja uma “oportunidade importante” para discutir como para reforçar as relações.
O encontro de hoje ocorreu na residência oficial do chefe de Governo britânico, em Downing Street, e durou cerca de 40 minutos.
À saída, questionado pelos jornalistas sobre se as relações entre o Reino Unido e a UE vão ser reforçadas, Costa respondeu apenas que “estão no bom caminho”.
Segundo o comunicado emitido em conjunto, os dois dirigentes discutiram igualmente as crises geopolíticas que atualmente marcam o cenário internacional, nomeadamente na Ucrânia e no Médio Oriente, com destaque para a Síria.
Costa e Starmer “reiteraram o seu compromisso inabalável de continuar a prestar apoio político, financeiro, económico, humanitário, militar e diplomático à Ucrânia e ao seu povo, durante o tempo que for necessário e com a intensidade que for necessária”, segundo indicou a nota informativa.
Sobre a Síria, os dois representantes destacaram a “importância de assegurar uma transição pacífica para a estabilidade política a longo prazo, na sequência da queda do regime brutal de [ex-Presidente sírio, Bashar] Assad”.
O antigo primeiro-ministro português António Costa iniciou no passado dia 01 de dezembro funções como presidente do Conselho Europeu, a instituição que define as orientações e prioridades políticas comunitárias, num mandato que se estende até maio de 2027.
É o primeiro português e o primeiro socialista a assumir a liderança da instituição.
Lusa