Estas posições foram transmitidas por António Costa no seu discurso de encerramento do 22º Congresso Nacional do PS, durante o qual não detalhou a dimensão da vitória que aspira obter nas legislativas de 2019, deixando esse esclarecimento para mais tarde numa futura convenção em junho ou julho do próximo ano.
O secretário-geral do PS apontou apenas que o processo de preparação será idêntico àquele que foi seguido para as legislativas de 2015, num ciclo em que os socialistas apresentaram primeiro a Agenda para a década", a seguir o cenário macroeconómico e, finalmente, o programa eleitoral.
"É isso que voltaremos a fazer" em relação à próxima legislatura, explicitou.
Sobre as eleições para o Parlamento Europeu, referiu que a ambição é aumentar a dimensão do triunfo por curta margem que o PS registou no ato eleitoral de 2014, então com este partido sob a liderança de António José Seguro.
Já em relação às próximas eleições regionais da Madeira, o líder socialista foi mais pormenorizado na identificação de objetivos, assumindo que acredita que o seu partido vença nessa região autónoma pela primeira vez na história da democracia portuguesa.
"Chegou a hora de termos a ambição de Governar a Região Autónoma da Madeira, provando que também ali somos capazes de uma excelente governação.
O PS/Madeira pode contar com todos os socialistas do país nessa luta e quero dizer ao Paulo Cafôfo, que nos honra ter aceite o nosso candidato a presidente do Governo Regional, que vai ser ele a ganhar as eleições em nome do PS", declarou, recebendo, de imediato, uma prolongada salva de palmas.
Perante o 22º Congresso Nacional do PS, no que respeita à geração dos mais jovens socialistas, António Costa apenas se referiu especificamente a Ana Catarina Mendes para dizer que irá propor que esta deputada continue a desempenhar as funções de secretária-geral adjunta.
António Costa também não se posicionou no debate ideológico que envolveu, entre outros, o atual secretário de Estado Pedro Nuno Santos e o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.
Mas, implicitamente, o secretário-geral do PS referiu-se a todos, independentemente das posições que cada um assumiu ao longo dos trabalhos de sábado, quando deixou um voto de confiança nesta nova geração, apesar de prevenir que não estava a pensar já em meter os papéis para a reforma.
"É muito gratificante ver que podemos olhar para o nosso futuro com uma enorme tranquilidade e satisfação. Temos uma nova geração com um enorme potencial, com uma enorme qualidade política, técnica e preparação profissional. Eles vão seguir com a bandeira do PS em punho e levá-la para a frente ao longo deste século", afirmou.
Estas palavras foram interrompidas por uma prolongada ovação, com o secretário-geral do PS a acrescentar, somente, que as indicações que deixa a nova geração são para si, pessoalmente, "motivo de grande orgulho e satisfação".
C/LUSA