"Obviamente que, tendo em conta as primeiras informações, o alegado suicídio terá de ser investigado e, nesse sentido, espero que as autoridades diplomáticas e consulares portuguesas acompanhem esse inquérito exaustivamente e que tornem público os resultados do mesmo, incluindo da autópsia a que será sujeito", declarou o conselheiro português à Lusa.
"Aliás, já em dezembro, aquando da sua detenção, tinha alertado para o risco que qualquer cidadão detido na África do Sul enfrenta nas cadeias locais", frisou.
O ex-banqueiro João Rendeiro foi encontrado morto na sua cela perto da meia-noite de quinta-feira, na véspera de ser presente em tribunal, segundo uma nota do Departamento de Serviços Penitenciários enviada à Lusa.
As autoridades sul-africanas estão a investigar as circunstâncias da morte, disse à Lusa o porta-voz do Departamento de Serviços Penitenciários Singabakho Nxumalo.
Vasco Pinto de Abreu, que se encontra na capital portuguesa para uma reunião do Conselho das Comunidades Portuguesas, sublinhou que "as condições, (na cadeia de Westville), na generalidade, são conhecidas pela insegurança, violência, falta de condições sanitárias e excesso de lotação nas celas".
"Julgo que o tempo excessivo que este processo levou poderá ter contribuído para este trágico desfecho", adiantou o conselheiro português à Lusa.