"Ninguém sabe verdadeiramente o que vai acontecer na Venezuela", advertiu o deputado social-democrata, na sequência de uma visita da Comissão de Trabalho e Segurança Social à região autónoma, que teve início no domingo e termina hoje.
Feliciano Barreiras Duarte reconheceu que foram registadas "alterações para melhor" do ponto de vista económico e social no arquipélago, mas disse que "há ainda muita coisa para fazer", o que nalguns casos representa "um desafio" e noutros "um problema".
"Sabemos que a diáspora [no caso da Venezuela] é muito grande e a Madeira começou já a receber vários cidadãos que pretendem obter a nacionalidade portuguesa", advertiu.
O presidente da comissão parlamentar destacou, por outro lado, que as autoridades competentes devem "valorizar mais" o trabalho e os trabalhadores do setor da hotelaria.
"É importante que, do ponto de vista do setor do turismo, as entidades competentes não só consigam valorizar mais o trabalho e os milhares de trabalhadores que no dia a dia contribuem para o aumento da riqueza da Madeira, bem como de melhorar a formação profissional, porque há falta de mão de obra", afirmou.
Feliciano Barreiras Duarte sublinhou, ainda, que a região autónoma tem "especificidades próprias", o que acrescenta responsabilidade ao Estado e aos poderes públicos.
"A Madeira é o exemplo de que não podemos deixar o liberalismo voar sozinho e temos de permitir a existência de uma sociedade mais coesa do ponto de vista social", disse.
A Comissão de Trabalho e Segurança Social, que integra deputados de todos os partidos com assento na Assembleia da República, esteve reunida esta manhã com as Comissão de Proteção de Crianças e Jovens e, à tarde, visita o Gabinete de Combate à Violência Doméstica e a Associação Protetora dos Pobres.
"Há um trabalho muito positivo feito pelos representantes da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens dos vários concelhos, mas também percebemos que existe escassez de meios e dificuldades de articulação entre os autores do modelo vigente", disse Feliciano Barreiras Duarte, vincando que "não basta a lei prever, é preciso executar a lei".
LUSA