Em conferência conjunta com o alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, o chefe de Estado colombiano anunciou que o país vai “criar um estatuto de proteção provisória” que vai permitir “o lançamento de um processo de regularização desses migrantes [provenientes da Venezuela]”.
A Colômbia, que não tem atualmente relações diplomáticas estabelecidas com Caracas, acolheu desde 2015 cerca de 1,7 milhões de venezuelanos, que fugiram de crise político-económico que o país está a enfrentar.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), 34% dos 5,4 milhões de venezuelanos que abandonaram o país encontraram refúgio na Colômbia.
Deste número, cerca de 56%, ou seja, 950.000 pessoas, estão em situação irregular no país, segundo dados fornecidos pelas autoridades colombianas.
O ‘status’ de proteção tem uma duração de dez anos, período no qual os migrantes poderão pedir uma habitação, se desejarem permanecer na Colômbia, acrescentou Ivan Duque.
O processo vai começar com o registo oficial dos migrantes, que vai incluir o “local de residência, as condições socioeconómicas”, assim como o “registo biométrico”.
Em dezembro, o Presidente foi duramente criticado por anunciar que os venezuelanos com uma situação irregular no país seriam excluídos da campanha de vacinação contra o SARS-CoV-2, que, em princípio, vai começar em 20 de fevereiro na Colômbia – país com cerca de 50 milhões de habitantes.
Contudo, Duque lançou um apelo à comunidade internacional para possibilitar a vacinação dos cidadãos venezuelanos.