O presidente da Câmara Municipal do Funchal, Paulo Cafôfo, disse hoje esperar que não haja "bloqueios" da Assembleia Municipal ao desempenho do executivo nos próximos quatro anos, considerando a diferença partidária das forças que predominam nestes órgãos.
"Nós temos maioria absoluta na Câmara, não temos maioria absoluta na Assembleia Municipal", realçou Paulo Cafôfo, que foi reeleito presidente da autarquia funchalense a 1 de outubro, pela coligação Confiança (PS/BE/JPP/PDR/Nós, Cidadãos!), que substituiu a coligação Mudança (PS/BE/PTP/MPT/PND/PAN), vencedora das eleições em 2013.
O autarca sublinhou que o contexto político é "diferente", situação que já ficou expressa na eleição do social-democrata Mário Rodrigues para presidente da Assembleia Municipal, por 22 votos contra 21, num universo de 15 deputados e cinco presidentes de junta de freguesia da Confiança, 12 deputados e cinco presidentes de junta do PSD, três deputados do CDS-PP, um deputado do CDU, outro do PTP e outro do MPT.
"Nós aceitamos, nós respeitamos e continuaremos sempre com a nossa postura de diálogo e de negociação. Não o fazemos por obrigação, mas por convicção", disse Paulo Cafôfo, após a primeira reunião do novo executivo camarário, cujo objetivo foi instalar e delegar competências aos vereadores – seis com pelouro da coligação Confiança, quatro do PSD e um do CDS-PP sem pelouro.
O autarca sublinhou que irá dialogar sempre com o novo presidente da Assembleia Municipal, no sentido de "concertar ações para que a cidade e os funchalenses sejam beneficiados".
"Estou certo que as pessoas, quando votaram, não foi para que existissem bloqueios, não votaram para que existissem obstáculos políticos", disse, realçando que o seu executivo terá sempre "as portas todas abertas" para o diálogo, considerando "matérias importantíssimas" como o Plano Diretor Municipal e o Orçamento para o próximo ano.
LUSA