“O PSD entendeu que, para sobreviver, devia fazer uma coligação. Está no seu direito, nós entendemos que para sobreviver devemos ir sozinhos porque temos força para ir sozinhos, mas compreendo que o PSD não se sinta, neste momento, com capacidade e força para enfrentar umas eleições sozinho”, disse André Ventura à entrada para a Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP), no Porto.
Para Ventura, a coligação é uma questão política que não diz respeito, nem influencia em nada a estratégia do Chega e que, até agora, não tem tido qualquer efeito a nível eleitoral.
Neste momento, o Chega está focado em vencer os socialistas, impedir que o PS volte a governar e ser uma alternativa aos portugueses.
“Os portugueses querem soluções para o futuro, não querem soluções dos anos 1970 e dos anos 1980, querem soluções de futuro para os problemas reais que encontram agora e é nisso que o Chega está focado, mesmo que o PSD não esteja focado nisso e esteja mais preocupado com a sua sobrevivência ou com a sobrevivência do seu líder”, referiu.
Dizendo que nunca aceitaria integrar qualquer aliança eleitoral, André Ventura considerou que as coligações pré-eleitorais são sempre uma certa fraude aos eleitores porque não permitem que cada partido mostre o que vale a nível real.
Os partidos vão juntos a eleições, mas depois separam-se no parlamento, o que é “absolutamente fraudulento”, entendeu.
PSD e CDS-PP anunciaram em 21 de dezembro do ano passado que irão concorrer coligados às eleições legislativas de março e às europeias de junho com uma coligação pré-eleitoral, que recupera o nome Aliança Democrática (a designação das primeiras coligações celebradas entre PSD e CDS-PP nos anos 80) e que vai incluir “personalidades independentes”.
Na quarta-feira, foi anunciado que também o PPM integrará esta coligação pré-eleitoral, já aprovada pelos órgãos do partido.
Lusa