O apoio, segundo um comunicado de imprensa divulgado hoje em Caracas, foi manifestado sábado em 15.850 assembleias, das Unidades de Batalha Bolívar – Chávez, convocadas para defender a revolução bolivariana e “propor o candidato da pátria” às próximas eleições presidenciais.
A 05 de março, dia do 11.º aniversário da morte do ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013) o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) marcou as eleições presidenciais para 28 de julho, data do 70.º aniversário do nascimento do mesmo ex-chefe de Estado.
Até agora não estava confirmada a candidatura de Nicolás Maduro para um terceiro mandato de seis anos, apesar dos simpatizantes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do regime) darem como certo em eventos públicos que o atual Presidente seria o candidato do chavismo.
A data das eleições foi marcada três dias depois de o parlamento apresentar 27 datas possíveis para as presidenciais sem o aval da Plataforma Unitária Democrática (PUD), que agrupa os principais partidos opositores, nem da líder opositora Maria Corina Machado, que continua impedida de candidatar-se.
Ao conhecer a data das eleições, Nicolás Maduro disse acreditar numa nova vitória do ‘chavismo’ nas próximas eleições presidenciais.
“Eles [oposição] diziam que íamos fazer uma manobra, provocar um conflito mundial e suspender as eleições. Os oligarcas dos apelidos não nos conhecem, os bandidos da ultra-direita, criminosos que pediram sanções [contra o país]. Não nos conhecem”, disse Nicolás Maduro na terça-feira, durante o lançamento do programa estatal “Grande Missão Igualdade e Justiça Social – Hugo Chávez”, transmitido pela televisão estatal venezuelana.
“O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) falou. A palavra do CNE é sagrada e nós dizemos ‘amen’ ao anúncio do CNE de eleições presidenciais no dia 28 de julho”, disse.
Segundo o CNE, a apresentação de candidatos terá lugar entre 21 e 25 de março e a campanha eleitoral entre 04 e 25 de julho.
Entre 18 de março e 26 de abril terá lugar o recenseamento eleitoral, no país e no estrangeiro.
Em outubro de 2023, o Governo venezuelano e a PUD assinaram, em Barbados, um acordo para a promoção de direitos políticos e garantias eleitorais, com vista às presidenciais de 2024.
No acordo, ambas as delegações propunham que as presidenciais se realizem no segundo semestre de 2024.
Por outro lado, comprometem-se a fortalecer a democracia e ratificam a vontade de alcançar as condições necessárias para que os processos eleitorais se realizem com todas as garantias.
Comprometeram-se ainda a promover a candidatura daqueles que “cumpram os requisitos estabelecidos para participar nas eleições presidenciais, em conformidade com os procedimentos estabelecidos na legislação venezuelana”.
Lusa