"Neste momento, o seu número é de cerca de 20.000, principalmente de países europeus", afirmou Dmytro Kouleba no canal de televisão americano CNN.
Segundo o chefe da diplomacia ucraniana, "muitas pessoas odiaram a Rússia" durante anos, mas não se atreveram a opor-se-lhe.
"Quando as pessoas viram que os ucranianos estavam a lutar, que não estavam a desistir, isso empurrou-os para se juntarem à luta", acrescentou.
Sublinhando que "compreende esta necessidade de lutar" contra a Rússia, o diplomata ucraniano destacou que "mais importante" do que isso era obter assistência "política, económica e militar" do resto do mundo, especialmente "para a defesa aérea".
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou no final de fevereiro a criação de uma "legião internacional" de combatentes estrangeiros para ajudar a repelir a invasão russa.
Os voluntários foram convidados a candidatarem-se nas embaixadas ucranianas nos seus respetivos países.
A Dinamarca tinha dado luz verde aos seus nacionais, tal como a Secretária dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss. Mas o Chefe do Estado-Maior da Defesa britânico, Almirante Tony Radakin, disse hoje que era "ilegal e desnecessário" que os britânicos fossem e lutassem na Ucrânia.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.