"No que diz respeito aos grandes objetivos da CDU, mais votos e mais eleitos, não foram alcançados. Este é um facto que importa objetivamente identificá-lo, reconhecê-lo", afirmou em conferência de imprensa.
Os comunistas perderam o único vereador que detinham há doze anos na Câmara Municipal do Funchal, onde venceu a Coligação Confiança (PS/BE/JPP/PDR/Nós, Cidadão!), e ao nível da região autónoma obtiveram 3.345 votos, num total de 138.592 votantes.
"Houve uma situação de bipolarização política e a CDU teve dificuldade em assumir uma linha de intervenção que quebrasse essa linha bipolar", afirmou Edgar Silva.
O líder comunista salientou, por outro lado, que as eleições de domingo criaram um "novo quadro político" na Madeira, marcado por "novas maiorias absolutas", sobretudo nos três concelhos mais populosos: Funchal (Coligação Confiança), Santa Cruz (JPP) e Câmara de Lobos (PSD).
"Este novo quadro político é exigente e requer uma intervenção política diferente", disse, vincando que isso passará, sobretudo, pelo "dever de intervenção contundente" face aos "abusos" que as maiorias absolutas comportam.
Edgar Silva destacou que agora, mais do que antes, se justifica o "forte exercício" de uma "cultura de contrapoder" no terreno político e nas instituições.
LUSA