O presidente do PS da Madeira, Carlos Pereira, apresentou na noite passada, publicamente, a sua recandidatura à liderança do partido na região, numa corrida que conta já com um adversário, o autarca do Porto Moniz, Emanuel Câmara.
Carlos Pereira convocou uma conferência para a noite de segunda-feira para comunicar de forma pública a sua decisão de voltar a candidatar-se à presidência da estrutura regional do partido, cujo programa que veio segunda-feira explanado e publicados nos órgãos de imprensa escrita da Madeira.
O programa do líder socialista madeirense é composto por cerca de quatro dezenas de “ideias para o futuro da Madeira” que vão fazer parte do seu programa eleitoral nas eleições internas que se disputam a 19 de janeiro de 2018.
Este seu projeto está dividido em quatro capítulos: competitividade e emprego; desenvolvimento sustentável; políticas sociais; reforma política e relações externas.
A reestruturação do setor do transporte marítimo, que passa por propostas para ligação ferry entre a Madeira e o território continental, a regionalização da gestão e definição do modelo de mobilidade aérea, a reforma do Sistema Regional de Saúde, adaptação das políticas sociais à realidade do arquipélago, um novo Estatuto Político-Administrativo, integração dos emigrantes e o desenvolvimento da economia regional são algumas das medidas preconizadas por Carlos Pereira.
Carlos Pereira foi eleito presidente do PS/Madeira a 29 de maio de 2015, tendo obtido o voto favorável de 701 militantes, recebeu 28 votos brancos e sete nulos, prometendo “puxar o partido para cima” e “teria melhor resultado de sempre” nas autárquicas de 2017.
Nesse ato eleitoral interno, existiam 906 militantes socialistas com capacidade de voto, o que representou uma participação de mais de 70%.
O dirigente socialista insular falou do percurso e do “esforço enorme” feito pelo partido nos últimos dois anos neste arquipélago, considerando que “nunca viu um Governo Regional tão incompetente”, sem capacidade de “cumprir as suas promessas” em muitos setores da vida política regional.
“Ainda bem que engoli os sapos todos que tinha de engolir, porque quem ganhou foi o PS, os autarcas e os madeirenses”, declarou, considerando que o PS/Madeira “cresceu” mais de 20% e “triplicou a sua votação, tendo em conta que tinha 11% em 2015 e passou para 34% em 2017”.
Carlos Pereira referiu que estes dados colocam o partido “ombro a ombro com o PSD” e em condições de disputar o Governo Regional.
O responsável socialista regional sustentou que o PS/Madeira está agora “na primeira linha das alternativas políticas da Madeira”, opinando ser “legitimo que não esperasse que nenhum socialista quisesse carregar o fardo de estragar” o resultado alcançado.
O líder socialista criticou assim o seu adversário na corrida à liderança, o presidente da Câmara Municipal do Porto Moniz, Emanuel Câmara, argumentando que este “não é candidato à presidência do Governo Regional”, porque apoia um outro a chefe do executivo insular, responsável pela Câmara do Funchal, Paulo Cafôfo, que, por seu turno, não é candidato líder do PS/Madeira”
“Temos dois candidatos para o mesmo lugar”, disse, opinando que esta é “uma situação difícil, bicéfala” que em nada abona em favor da credibilidade do partido na região e acaba por ser uma “boia de salvação para o PSD” nesta região.
Nesse ato eleitoral interno, existiam 906 militantes socialistas com capacidade de voto, o que representou uma participação de mais de 70%.
LUSA