Roberto Almada, que é coordenador dos bloquistas madeirenses há cerca de dez anos, apresentou hoje a sua candidatura, numa corrida à liderança que tem como adversário o atual deputado do BE da Madeira na Assembleia da República, Paulino Ascensão, que será disputada e resolvida na convenção regional do partido a 04 de março.
O responsável do BE/Madeira e também deputado no parlamento regional realçou que o seu projeto propõe que o partido “aprofunde o seu caminho, a sua ação, construa um programa político próprio” para se apresentar de “forma autónoma e com listas próprias nas eleições regionais de 2019”.
“Mas depois das eleições regionais de 2019, se houver possibilidade de afastar o PSD que nos desgraça há mais de 40 anos, nós cá estaremos para negociar uma alternativa de governo”, declarou
Contudo, Roberto Almada sublinhou que o BE/Madeira não está disposto a “passar cheques em branco a ninguém”, porque tem as suas propostas e alternativas.
“Cá estaremos para construir, para dialogar e negociar alternativa do governo à esquerda na região e as propostas do Bloco terão de ser consideradas para que essa alternativa seja construída”, complementou.
O candidato vincou que “sem o BE não há alternativa de esquerda na região ao Governo Regional do PSD”, destacando o “peso” que os adversários políticos sabem que esta força partidária tem presentemente.
“Temos de trabalhar já depois da convenção daqui a 15 dias para podemos ser a alternativa às governações de direita que desgraçam os madeirenses”, realçou, apontando que os adversários do BE no arquipélago são o Governo Regional do PSD e “os interesses que se movem à sua volta”.
Roberto Almada salientou que daqui a duas semanas os bloquistas vão realizar a convenção regional “com muita serenidade, muita calma”, destacando que existem duas candidaturas “a disputar democraticamente o BE”.
O responsável bloquista assegurou que não vai “atacar na fase de campanha a outra candidatura, nem camaradas publicamente”, propondo-se apenas a “discutir ideias e caminhos”.
“Concordarei e discordarei, quando o tiver de fazer. Não contarão com a nossa candidatura para dizer mal de camaradas nossos”, garantiu, apontando que no dia após a convenção os militantes e simpatizantes têm de estar “todos unidos para os combates que aí vêm”
Roberto Almada ainda mencionou que no BE regional os “insucessos” – perda do grupo parlamentar na Assembleia Legislativa da Madeira (2011) e os “sucessos” – eleição de dois deputados nas últimas legislativas regionais (2015) e de um representante para a Assembleia da República, “não são da responsabilidade de uma pessoa, mas de um coletivo”.
LUSA