A Câmara do Funchal aprovou ontem a transferência da totalidade das receitas dos parcómetros – mais de 400 mil euros – para a empresa municipal FrenteMar Funchal, que registou resultados negativos pelo segundo ano consecutivo, informou o vice-presidente da autarquia.
"Esta ideia de transferir para a FrenteMar Funchal 43% daquilo que eram receitas do município [dos parcómetros] serve para salvaguardar o equilíbrio financeiro da empresa e representa uma injeção de 400 mil euros por ano", explicou Miguel Gouveia, após a reunião do executivo camarário.
As verbas dos parcómetros do concelho do Funchal eram repartidas entre a FrenteMar e a Câmara Municipal, o seu único acionista, mas a empresa apresentou este ano 330 mil euros de resultado negativo, o que motivou a decisão da autarquia, que resulta de uma proposta do CDS-PP.
Miguel Gouveia explicou, por outro lado, que as dificuldades financeiras da empresa resultam em parte dos maus resultados dos complexos balneares do concelho, que estão sob a sua tutela.
"Este ano tem sido muito difícil para os complexos balneares, até porque alguns ainda estão em intervenção [obras], e a execução do primeiro semestre é muito má", disse, vincando que o reforço financeiro da FrenteMar com as receitas dos parcómetros permitirá compensar a redução do fluxo nos complexos da Barreirinha, Lido, Ponta Gorda e Doca do Cavacas.
A Câmara Municipal do Funchal, liderada pela coligação Confiança (PS/BE/JPP/PDR/Nós, Cidadãos!), aprovou, por outro lado, o mapa de pessoal, onde consta a integração de 30 trabalhadores precários.
"Hoje foram também aprovados 51 mil euros em apoios a 17 entidades nas áreas social, desportiva e cultural", indicou Miguel Gouveia, destacando o apoio de 11 mil euros à Associação Coro de Câmara da Madeira.
C/LUSA