O presidente da Câmara do Funchal, Paulo Cafôfo, reeleito com maioria absoluta pela Coligação Confiança (PS/BE/JPP/PDR/Nós, Cidadãos!), afirmou hoje, na tomada de posse, que vai negociar e dialogar a favor da autarquia "por convicção".
"Com maioria absoluta, provaremos que não negociamos nem dialogamos por obrigação, nem por necessidade. Negociamos e dialogamos por convicção", disse o autarca, realçando que não vai mudar "um palmo da ação" iniciada em 2013, quando derrotou o PSD, ao cabo de quase quatro décadas de governo municipal ininterrupto.
A Coligação Confiança venceu as eleições autárquicas de 1 de outubro, tendo eleito seis elementos para o executivo municipal. O PSD elegeu quatro e o CDS-PP um.
Na Assembleia Municipal do Funchal, porém, a coligação não dispõe da maioria absoluta, o que explica a eleição, hoje, do social-democrata Mário Rodrigues para presidente do órgão, por 22 votos, contra 21 na lista encabeçada pelo anterior presidente, Rodrigo Trancoso, do BE.
A Assembleia Municipal é constituída por 15 deputados da Coligação Confiança, 12 do PSD, três do CDS-PP, um do MPT, um da CDU, um do PTP.
Por outro lado, entre as dez freguesias que compõem o concelho do Funchal, a coligação venceu em cinco e o PSD noutras cinco.
"Deram-nos a maioria absoluta. Uma maioria absoluta que não é do Paulo Cafôfo, nem da Coligação Confiança, mas de cada funchalense que acreditou na nossa proposta de futuro para a cidade e de todos quantos farão esse futuro nos próximos anos", declarou o chefe do executivo municipal, sublinhando que vai "governar para todos".
Antes de iniciar o discurso de tomada de posse, o autarca pediu que se cumprisse um minuto de silêncio pelas vítimas dos incêndios de domingo no centro e norte do país, tendo vincado que, tal como o Funchal contou com a ajuda do país em 2016, também o país pode contar agora com a ajuda que precisar do município.
Paulo Cafôfo, que venceu as eleições de 2013 com maioria relativa, considerou que o concelho começou a "respirar", reafirmando que vai cumprir as promessas de investimento anunciadas pela coligação para este mandato: 15 milhões em acessibilidade e saneamento nas zonas altas do Funchal, 10 milhões na habitação social e 56 milhões na reabilitação urbana, no âmbito de um programa estabelecido para 15 anos.
O autarca assegurou também que, neste mandato, o Funchal terá ensino básico gratuito e bolsas de estudo para o 1.º Ciclo do Ensino Superior, bem com um Programa de Arrendamento a Custos Controlados.
LUSA