Criar um “mecanismo de aquisição conjunta” de gás natural, gás natural liquefeito (GNL) e hidrogénio, à semelhança do que aconteceu com as vacinas da Covid-19, evitando a concorrência entre os países do bloco. Encontrar novos parceiros fiáveis para fornecer energia à União Europeia. Acelerar os projetos de energia solar e eólica, combinados com a utilização de hidrogénio verde.
Estas são apenas algumas das medidas que a Comissão Europeia pretende adotar este ano no âmbito do RePowerEU, o plano traçado para reduzir a dependência da energia russa, mas também dos combustíveis fósseis.
O RePowerEU pretende acelerar a transição verde e investir maciçamente nas energias renováveis, mas também identificar oportunidades para os cidadãos e indústrias para reduzir o seu consumo de energia.
Em cima da mesa estão 300 mil milhões de euros em investimentos a realizar até 2017 na infraestrutura energética europeia, como o reforço da rede elétrica, facilitando o hidrogénio renovável e aumentando a produção de biometano. Verbas que serão financiadas através da reprogramação dos diferentes Planos de Recuperação e Resiliência (PRR).
A Comissão Europeia defende ainda a criação de interconexões para a Península Ibérica, nomeadamente as interligações elétricas transfronteiriças, mas também para transporte de GNL e hidrogénio ‘verde’.
Mas esta é uma medida de médio prazo, tal como é aumentar o objetivo de eficiência energética para 2030 de 9% para 13%, mas também que 45% das fontes de energia sejam de origem renováveis e já não 40%.