De acordo com as atas da reunião de política monetária, que teve lugar no início de março, os membros do BCE reconheceram que, embora fosse prudente esperar por dados, “os argumentos para considerar cortes nas taxas estavam a fortalecer-se”.
Este argumento teve por base as mais recentes projeções macroeconómicas dos especialistas do BCE, com uma melhoria nas previsões de inflação e um agravamento do crescimento, bem como novos progressos nos três critérios especificados pelo Conselho e uma avaliação dos riscos mais equilibrada.
Em qualquer caso, os membros do Conselho do BCE sublinharam a necessidade de as políticas do BCE continuarem a ser orientadas por dados, pelo que todos os membros concordaram com a proposta do economista-chefe do BCE, Philip Lane, de manter as taxas de juro, embora tenha havido consenso de que seria prematuro discutir cortes nas taxas na reunião de março.
Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho do BCE, a presidente da entidade, Christine Lagarde, destacou que o processo de desinflação em curso na zona euro oferece maior confiança, “mas não o suficiente”, acrescentando que, embora possa haver mais informação em abril e “muito mais em junho”.
Lagarde também garantiu que não houve discussão na reunião de março sobre a redução das taxas e que o órgão de administração da entidade apenas começou a debater o ajustamento da sua postura restritiva.
Lusa