Segundo comunicou hoje fonte da autoridade marítima local francesa à agência France-Presse (AFP), um barco patrulha da alfândega, apoiado por um da guarda e da marinha francesa, escoltou a embarcação Baltic Leader, partida de Rouen (norte) e com pavilhão russo, para Boulogne-sur-Mer, precisou Véronique Magnin, oficial de comunicação regional da administração marítima.
O barco de 127 metros é "fortemente suspeito de estar ligado aos interesses russos visados pelas sanções", precisou a mesma fonte, sublinhando que esta medida, sinal de "firmeza", é "rara" nesta zona.
A alfândega está a realizar audiências e investigações a bordo, de forma a confirmar essas ligações.
A União Europeia adotou na quinta-feira um pacote de sanções sem precedentes contra a Rússia, em resposta à invasão da Ucrânia, pouco antes de Londres e Washington endurecerem as suas próprias restrições, ainda que sem tomarem medidas radicais.
O Presidente russo Vladimir Putin e o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov também foram visados, bem como 26 outras personalidades do mundo dos negócios russo.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 120.000 deslocados desde o primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.