Segundo a agência de notícias palestiniana Wafa, “há muitas mulheres e crianças entre os mortos” receando-se que possam ser encontradas mais vítimas mortais sob os escombros.
O pessoal médico do Hospital Kamal Adwan está diretamente envolvido nas buscas por falta de pessoal nas equipas de resgate e de salvamento.
Os médicos dizem que apenas podem prestar os primeiros socorros aos feridos uma vez que o hospital não dispõe de cirurgiões especializados.
“O hospital (Kamal Adwan) vai transformar-se numa vala comum caso não se venha a verificar urgentemente uma intervenção internacional e o abastecimento necessário de medicamentos”, disse o diretor da instituição, Hossam Abu Safiya.
O centro hospitalar foi invadido por tropas israelitas no passado mês de outubro, tendo o exército detido mais de 40 pacientes e pessoal médico e destruído geradores, de acordo com autoridades locais controladas pelo Hamas.
O ataque de hoje contra Beit Lahia ocorreu horas depois de um outro bombardeamento israelita, que matou 22 pessoas, no bairro de Sheikh Radwan situado a cerca de três quilómetros a noroeste da cidade de Gaza.
Segundo as fontes locais, a ofensiva israelita no norte do enclave palestiniano, retomada no início de outubro, já matou mais de duas mil pessoas e feriu cerca de seis mil cidadãos.
O exército de Israel afirma que as tropas estão a tentar, pela terceira vez, impedir os membros do Hamas de se reagruparem na zona sitiada, onde a maior parte da população foi forçada a deslocar-se para a região sul do enclave.
Com as recentes mortes, o número total de mortos na Faixa de Gaza ultrapassou os 44 mil desde o início da guerra, em outubro de 2023, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza.
Lusa