A notícia avança que a proposta da concessionária alega a aplicação de um ajustamento por erros de estimativas no ano passado, na ‘velha lógica de que o tráfego cresceu mais do que as companhias tinham antecipado”, como se isso só por si não fosse um benefício adicional para a empresa e como se as empresas não tivessem tido quebras de passageiros acentuadas devido à pandemia de covid-19.
A notícia diz que a ANA, que “tem a faca e o queijo na mão” e que já em anos passados aplicou essa receita, como salienta um gestor consultado pelo PressTUR, propõe um aumento médio de 13,38%, alegando que é com base nos termos do contrato de concessão que prescreve os aumentos com base na inflação e no rácio entre o investimento e o EBITDA.
A informação avança que a ANA/Vinci quer assim mais 18,4 milhões de euros, elevando-se, com juros, a 20,7 milhões.
A ANA/Vinci argumenta que para o chamado grupo de Lisboa, que inclui os aeroportos de Lisboa, de Beja, dos Açores e da Madeira, a receita regulada média máxima é de 14,61 euros por passageiro, com aumento em 1,64 euros (+12,6%), mas que para Lisboa, que é o aeroporto com mais passageiros, propõe aumento em 1,8 euros (+13,4%).
Os alegados erros de estimativa invocados pela ANA/Vinci, cujo contrato foi celebrado no âmbito da privatização definida pelo Governo PSD/CDS liderado por Passos Coelho são relativos a 2022 e acrescentam 2,3 euros ao alegado aumento contratual em Lisboa.